sábado, 3 de agosto de 2013

"Tenho a sensação de que não estamos mais no Kansas".

"Tenho a sensação de que não estamos mais no Kansas". Dorothy Gale estava misteriosamente certa. É assim toda vez que me levanto com a cara amassada, o sono carregando os olhos ainda sensíveis à luz. Parece que não estou mais naquela vida, tão recente de ontem. Quando fechei os olhos, ainda à noite, parecia tudo recente. Eu ainda podia sentir a nevoa do chá antes de dormir, passeando entre o olfato e minhas bochechas, a cama fria, cobertores pouco aquecidos e o vento beijando as janelas.
É divertido como a frase "acordando pra vida" faz tanto sentido nos últimos tempos. Sensação de que a vida passou mesmo, virou de lado, plantou bananeira e voltou toda nova, floreada de coisas boas e carregada das ruins-superáveis. Hoje vou dormir com aquele gostinho do dia e esperando o novo sabor de amanhã, a nova-velha-vida desinteressante, mal posso esperar pelas mesmas paisagens de amanhã, as mesmas pessoas que se cruzam pelas ruas, o mesmo Sol e os lugares, todos iguais, com possibilidade de ser realmente novos conforme o olhar.




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